Síndrome Nefrótica nas Crianças

A síndrome nefrótica é uma patologia renal, causada por condições que aumentam a permeabilidade da barreira de filtração glomerular. Esta síndrome atinge todas as faixas etárias, mas é mais prevalente na pediatria. A causa pode ser primária (renal) ou secundária (sistémica). Nas crianças, a apresentação mais comum é com a doença de lesões mínimas (MCD, pela sigla em inglês). As características cardinais desta síndrome incluem proteinúria > 40 mg/m²/dia, hipoalbuminemia, hipercolesterolemia e edema. O diagnóstico baseia-se na história clínica, exame objetivo, avaliação laboratorial com confirmação da presença de proteinúria na faixa nefrótica e investigação no sentido de procurar uma doença sistémica. Nalguns casos, está recomendada a realização de um teste genético. Num doente com uma apresentação clássica da MCD, tipicamente responsiva a corticoides, o tratamento inicial é com estes. Noutros casos, está indicada a biópsia renal. O tratamento e prognóstico variam consoante a causa subjacente e a resposta ao tratamento com corticoides.

Última atualização: Oct 24, 2025

Responsibilidade editorial: Stanley Oiseth, Lindsay Jones, Evelin Maza

Descrição Geral

Definição

A síndrome nefrótica é uma patologia renal caracterizada pelo aumento significativo da permeabilidade da barreira de filtração glomerular, o que leva ao aparecimento de uma proteinúria grave.

As características clássicas incluem:

  • Proteinúria na faixa nefrótica > 40 mg/m²/hora
  • Hipoalbuminemia, frequentemente < 2,5 g/dL
  • Elevação do colesterol e triglicerideos
  • Edema

Epidemiologia

  • Ocorre em qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adolescentes em idade escolar
  • Incidência mundial de 16 casos por 100.000 crianças
  • Sexo masculino > feminino (2:1) nas crianças mais novas, mas iguala-se na adolescência
  • 90% dos casos em crianças advém de uma causa primária (por exemplo, doença de lesões mínimas (MCD, pela sigla em inglês)).
  • As crianças com ≥ 12 anos têm uma maior incidência de doença glomerular crónica

Classificação

Pode haver sobreposição entre os diferentes sistemas de classificação geral:

  • Nos doentes com ≤ 1 ano, baseia-se na idade de início da doença:
    • Congénita (< 3 meses)
    • Infantil (3 meses a 1 ano)
  • Com base na presença de uma doença sistémica ou processo subjacente:
    • Síndrome nefrótica primária (inclui a idiopática)
    • Síndrome nefrótica secundária

A síndrome nefrótica idiopática é ainda classificada consoante a capacidade de resposta aos corticoides:

  • Responsiva a corticoides (maioria dos casos)
  • Resistente a corticoides
  • Dependente de corticoides

Etiologia

Congénita/infantil:

  • Síndrome de Denys-Drash (associa-se a um alto risco de tumor de Wilms)
  • Síndrome nefrótica congénita do tipo finlandês (autossómica recessiva)
  • Glomeruloesclerose segmentar e focal familiar (FSGS, pela sigla em inglês) autossómica recessiva
  • FSGS autossómica dominante
  • Síndrome de Frasier
  • Esclerose mesangial difusa
  • Síndrome unha-rótula
  • Síndrome de Pierson
  • Displasia imuno-óssea de Schimke
  • Causas não genéticas (também classificadas como secundárias):
    • Sífilis congénita
    • Toxoplasmose congénita
    • Outras: citomegalovírus, VIH

Primária (90% idiopática):

  • MCD: apresentação e achado histológico mais comuns da síndrome nefrótica em crianças em idade escolar
  • FSGS
  • Mesangial proliferativa
  • Glomerulonefrite membranoproliferativa (MPGN, pela sigla em inglês)
  • Nefropatia membranosa (rara em crianças)

Secundária:

  • Patologias:
    • Lúpus eritematoso sistémico (pode causar uma síndrome nefrítica ou nefrótica)
    • Púrpura de Henoch-Schönlein (pode causar uma síndrome nefrítica ou nefrótica)
    • Amiloidose
    • Nefropatia por IgA (causa, mais frequentemente, uma síndrome nefrítica)
    • Linfoma
    • Diabetes mellitus
  • Fármacos, como os AINEs
  • Infeções:
    • Glomerulonefrite pós-estreptocócica (PSGN, pela sigla em inglês; pode causar uma síndrome nefrítica ou nefrótica)
    • Hepatite B
    • Hepatite C
    • VIH
    • Malária
  • Cicatrizes renais

Fisiopatologia

A estrutura glomerular cria um sistema de filtração, a barreira de filtração glomerular, composto por:

  • Endotélio fenestrado
  • Membrana basal glomerular (GBM, pela sigla em inglês)
  • Camada Epitelial:
    • Podócitos e pedicelos
    • Fendas de filtração
    • Diafragma da fenda

Sob circunstâncias normais, a passagem de proteínas através da barreira de filtração glomerular é controlada pelo seu tamanho ou carga.

  • Tamanho das moléculas:
    • A barreira só é permeável à água, pequenas proteínas e iões.
    • As proteínas de alto peso molecular não conseguem atravessar a GBM.
  • Carga das moléculas:
    • Graças à presença de polianiões, como os proteoglicanos de sulfato de heparina, a GBM apresenta uma carga negativa.
    • Aniões como a albumina são repelidos.

Fatores genéticos ou imunomediados levam a:

  • Lesões estruturais ou funcionais dos componentes da barreira de filtração glomerular, como os podócitos
  • Perda da carga negativa, que permite a filtração de aniões como a albumina
  • Aumento da permeabilidade membranar
  • Consequentemente, com perda de proteínas do plasma para o espaço urinário

Efeitos:

  • Proteinúria intensa → perda de albumina (hipoalbuminemia) → ↓ pressão osmótica intravascular → edema
  • ↑ Lipogénese hepática (resposta inespecífica à hipoalbuminemia) + alteração das enzimas reguladoras → hiperlipidemia
  • Perda de anticoagulantes endógenos (antitrombina III) → complicações trombóticas e tromboembólicas
  • Perda de imunoglobulinas → aumento do risco de infeções, especialmente por bactérias capsuladas

Apresentação Clínica

  • Edema:
    • Depressível
    • Dependente da gravidade:
      • Inicia-se como um edema periorbitário (que vai diminuindo durante o dia)
      • Edema dos membros inferiores, posteriormente ao longo do dia
      • Com a flexão posterior do tronco, observa-se um edema na região das costas e no sacro.
    • Frequentemente, pode ter um início súbito após uma doença recente, como uma infeção do trato respiratório superior
  • Dispneia por:
    • Derrame pleural
    • Ascite
    • Pneumonia
    • Embolia pulmonar
  • Sintomas inespecíficos: cefaleia, fadiga, irritabilidade, dor abdominal
  • Pode apresentar-se com hematúria (síndrome mista nefrítica e nefrótica)
  • Os doentes podem ter hipertensão
  • Pode apresentar-se com complicações:
    • Infeções (pelo défice da resposta imune)
    • Evento tromboembólico (pelo estado de hipercoagulabilidade)
Edema por síndrome nefrótica

Síndrome nefrótica:
Esta patologia acompanha-se da retenção de água e sódio. Na imagem observa-se tumefação/edema facial. O grau de edema pode variar desde um edema ligeiro das pálpebras que diminui ao longo do dia, edema dos membros inferiores, edema generalizado ou até uma anasarca completa.

Imagem : “Nephrotic syndrome” por Charles Picavet. Licença: Public Domain

Diagnóstico

Avaliação da urina

  • Colheita de urina nas 24 horas (gold standard):
    • Quantificação de proteínas
    • A síndrome nefrótica é caracterizada por uma excreção de proteínas > 40 mg/m²/hora (> 50 mg/kg/dia).
  • Rácio proteínas/creatinina urinárias, numa amostra ocasional da primeira urina da manhã:
    • Útil em crianças em que não é possível realizar uma colheita de urina nas 24 horas
    • Proteinúria persistente:
      • Definida como um rácio proteínas/creatinina na urina ocasional > 0,2 mg/mg (> 0,5 para crianças entre 6 e 24 meses), em várias ocasiões
      • Requer uma avaliação adicional, para procurar uma patologia renal subjacente
    • A síndrome nefrótica corresponde a um rácio proteínas/creatinina na urina > 2 mg/mg.
  • Análise de urina:
    • Proteínas na tira-teste urina:
      • 3+ (consistente com > 300 mg/dL)
      • 4+ (consistente com > 2000 mg/dL)
    • Cilindros de gordura (“cruz de Malta” sob luz polarizada)
    • Hematúria (eritrócitos) ou cilindros eritrocitários na síndrome mista nefrítica-nefrótica

Exames adicionais

  • Bioquímica:
    • Eletrólitos:
      • Frequentemente normais
      • Pode haver hiponatremia associada a uma patologia subjacente, libertação inapropriada de hormona antidiurética ou terapêutica diurética intensiva.
      • O cálcio pode estar baixo devido à hipoalbuminemia, mas, geralmente, o cálcio ionizado está normal.
    • BUN/creatinina:
      • Pode ser normal
      • Pode estar elevado na insuficiência renal
    • Albumina sérica < 2,5 g/dL
  • Hipogamaglobulinemia
  • Elevação do colesterol e dos triglicerideos
  • Níveis do complemento (C3, C4)
  • Outros efeitos associados à diminuição dos níveis das proteínas de ligação:
    • Diminuição da vitamina D (devido à diminuição da proteína de ligação à vitamina D)
    • Diminuição da tiroxina (devido à diminuição da proteína de ligação à tiroide)
  • Testes específicos de doença:
    • PSGN:
      • Elevação dos títulos de antiestreptolisina O (ASO, pela sigla em inglês)
      • Elevação dos níveis de anticorpos anti-DNase B
      • Diminuição do componente C3 do complemento por consumo
    • Lúpus eritematoso sistémico:
      • ANA
      • Anti-ADN de cadeia dupla (dsDNA, pela sigla em inglês)
    • Diabetes mellitus: glicemia em jejum, hemoglobina glicosilada (A1c)
    • Adicionais: VIH (glomerulonefrite membranoproliferativa (MPGN, pela sigla em inglês), FSGS); hepatite B e C (MPGN); teste serológico para sífilis
  • Teste genético nos doentes com resistência a corticoides ou < 1 ano
  • Imagiologia: ecografia renal para determinar o tamanho e excluir causas obstrutivas

Diferenciação da doença glomerular

  • As síndromes nefrítica e nefrótica são apresentações comuns de doenças glomerulares, que podem constituir um desafio diagnóstico.
  • A síndrome nefrítica caracterizada-se por inflamação glomerular, enquanto a nefrótica assenta no desarranjo das paredes dos capilares glomerulares, com aumento da sua permeabilidade.
  • Os achados podem sobrepor-se, incluindo a proteinúria e o edema, mas a sua extensão difere.
  • Além disso, algumas doenças têm um quadro misto: síndrome nefrítica-nefrótica.
  • O conhecimento destas diferenças auxilia na marcha diagnóstica.
Diferenças entre a síndrome nefrótica e nefrítica
Síndrome nefrótica Síndrome nefrítica
Edema ++++ ++
Pressão arterial Normal/elevada Elevada
Proteinúria ++++ ++
Hematúria – ou microscópica +++
Outras características
  • Hipoalbuminemia
  • Hiperlipidemia
  • Hipercoagulabilidade
  • Cilindros eritrocitários
  • Piúria estéril

Biópsia

  • Frequentemente, não é necessária para o diagnóstico
  • Indicações:
    • Início da doença em crianças com < 1 ano ou > 10-12 anos
    • Ausência de resposta aos corticoides (resistente a corticoides)
    • Recaída após o início do desmame de corticoides (dependente de corticoides)
    • A história clínica e outros achados sugerem uma síndrome nefrótica secundária ou síndrome nefrótica primária que não a doença de lesões mínimas.
    • História familiar de doença renal
Resultados laboratoriais e da biópsia das síndromes nefróticas primárias em crianças
Síndrome nefrótica Exames laboratorias e exames adicionais Resultados da biópsia renal
MCD A função renal encontra-se geralmente mantida; ausência de hematúria
  • LM: proliferação mesangial mínima ou normal (daí o nome “lesões mínimas”)
  • IF: sem deposição de imunocomplexos
  • EM: apagamento uniforme dos podócitos (achatamento, retração)
FSGS Pode haver hematúria
  • LM: esclerose focal e segmentar nalguns glomérulos
  • IF: nas áreas escleróticas pode detetar-se IgM, C3
  • EM: descolamento/”desnudamento” focal das células epiteliais com apagamento difuso dos podócitos (característica cardinal da FSGS)
Mesangial proliferativa Pode haver hematúria
  • LM: aumento da matriz mesangial e da hipercelularidade mesangial
  • IF: negativo
  • EM: apagamento dos podócitos
MPGN (um padrão de lesão glomerular com tipos de I-III) ↓ C3
  • LM: hipercelularidade mesangial, proliferação endocapilar, GBM com duplo contorno/aparência em “linha de comboio”
  • IF:
    • I: IgG, C3, C1q, C4
    • II: C3
    • III: C3
  • EM:
    • I: depósitos subendoteliais
    • II: depósitos densos
    • III: depósitos subepiteliais e subendoteliais
LM: microscopia óptica
IF: imunofluorescência
EM: microscopia eletrónica
GN: glomerulonefrite

Tratamento

Abordagem terapêutica

  • Como a maioria dos casos de síndrome nefrótica na pediatria são causados pela MCD (que geralmente responde aos corticoides), inicia-se um tratamento com corticoides na ausência de biópsia nos seguintes casos:
    • Doentes de 1 a 12 anos
    • História clínica e achados não sugestivos de doença sistémica
    • Função renal normal
    • Ausência de hematúria macroscópica
    • Níveis de complemento normais
    • Testes de pesquisa vírica negativos: infeção ativa ou latente descartada
    • Ausência de história familiar de doença renal
  • Além disso, em 10%-20% dos casos a FSGS responde aos corticoides.

Tratamento imunossupressor

  • Corticoides: antes do início do tratamento é necessário descartar a presença de uma infeção ativa ou latente
  • Resposta aos corticoides:
    • Sensível aos corticoides:
      • Remissão (desaparecimento da proteinúria) em 4-8 semanas de tratamento
      • Ocorre na maioria dos doentes pediátricos
    • Resistente aos corticoides:
      • Sem remissão após a conclusão do tratamento com corticoides
      • Avaliação adicional: biópsia e teste genético
    • Dependente de corticoides:
      • Recaída durante o desmame
      • É necessário reiniciar os corticoides (curso mais prolongado)
  • Agentes de 2ª linha:
    • Administrados na presença de efeitos colaterais importantes aos corticoides (por exemplo, características cushingoides, excesso de peso, patologias psiquiátricas, cataratas)
    • Opções:
      • Micofenolato mofetil
      • Ciclosporina
      • Tacrolimus
      • Levamisol (não está disponível nos Estados Unidos)
      • Ciclofosfamida (tem efeitos adversos graves)

Tratamento adicional

  • Edema:
    • Restrição salina
    • Diurético: frequentemente com furosemida
    • Na anasarca/edema grave/derrame pleural: furosemida + albumina
  • Estado de hipercoagulabilidade:
    • Incentivar a deambulação regular.
    • Evitar a depleção de volume (para reduzir o risco de hemoconcentração).
    • Não está comprovado o benefício da profilaxia da anticoagulação.
    • O tromboembolismo venoso é tratado com heparina de baixo peso molecular e depois com varfarina.
  • Risco de infeção:
    • Risco de infeções por bactérias capsuladas, como o Streptococcus pneumoniae: Vacinar crianças ≥ 2 anos com a vacina pneumocócica 23-valente.
    • Vacinação anual contra a gripe
    • Durante a realização de tratamento imunossupressor (ou em recaída), evitar a administração de vacinas vivas.
    • Alto índice de suspeita na presença de sinais de infeção
  • Hipertensão:
    • Os diuréticos podem controlar a pressão arterial.
    • Inibidores da ECA ou antagonistas dos recetores da angiotensina II (ARAs):
      • Diminuem a proteinúria
      • Ter cuidade na presença de depleção de volume (podem piorar a função renal)
    • Também podem ser utilizados bloqueadores dos canais de cálcio.
  • Nalguns casos, o transplante pode ser curativo (por exemplo, síndrome nefrótica congénita do tipo finlandês).

Relevância Clínica

  • Lúpus eritematoso sistémico: patologia inflamatória crónica, autoimune, com deposição de imunocomplexos em diversos órgãos, o que resulta em manifestações sistémicas: A deposição de imunocomplexos no glomérulo leva à nefrite lúpica. Esta doença é mais comum em mulheres asiáticas e afro-americanas. As manifestações renais incluem a síndrome nefrítica ou nefrótica, hematúria macro ou microscópica e/ou insuficiência renal crónica. O diagnóstico é feito com biópsia renal.
  • Glomerulonefrite pós-estreptocócica: patologia renal das crianças, precedida por uma infeção por estreptococo beta-hemolítico do grupo A da orofaringe ou da pele: a PSGN apresenta-se, frequentemente, como uma síndrome nefrítica, mas, em 5% dos casos, ocorre uma síndrome nefrótica. Geralmente não é necessária a biópsia renal para o diagnóstico. Geralmente, esta patologia é autolimitada.
  • Púrpura de Henoch-Schönlein (HSP, pela sigla em inglês): também conhecida como vasculite por IgA: As características clínicas incluem um rash característico, artralgias, dor abdominal e nefrite. Esta glomerulonefrite mediada por IgA pode ser desencadeada por uma infeção do trato respiratório superior ou GI. A HSP ocorre, geralmente, em crianças com < 10 anos. Esta patologia pode também apresentar-se como uma síndrome nefrítica.
  • Amiloidose: deposição patológica de fibrilas, compostas por várias subunidades de proteínas de baixo peso molecular com um enovelamento incorreto, no tecido extracelular: estas proteínas depositam-se em vários tecidos, interferem com a função normal dos órgãos e causam uma doença específica do tecido (por exemplo, amiloidose renal). As manifestações da doença renal variam desde proteinúria ligeira a nefrose franca. O diagnóstico é estabelecido com biópsia renal. A realização de diálise ou transplante melhoram o prognóstico.
  • Síndrome nefrótica congénita e infantil: afeta crianças com < 1 ano: Mutações que provocam uma síndrome nefrótica incluem NPHS1, NPHS2, NPHS3, LAMB2 e WT1. Os genes mais frequentemente afetados (95% dos casos) são o NPHS1 (codifica a nefrina e a mutação causa a síndrome nefrótica congénita do tipo finlandês) e o NPHS2 (codifica a podocina e a mutação leva à FSGS familiar). Estas patologias não respondem aos corticoides ou outras terapêuticas imunossupressoras, e a investigação deve incluir testes genéticos.

Referências

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  2. Floege J, Feehally J. (2019). Introduction to glomerular disease: Clinical presentations. In Feehally J, Floege J, Tonelli M, Johnson RJ (Eds.), Comprehensive Clinical Nephrology (pp. 18-198.e1). https://www.clinicalkey.es/#!/content/3-s2.0-B9780323479097000159
  3. Gattineni, J. (2012). Highlights for the management of a child with proteinuria and hematuria. International Journal of Pediatrics, 2012, Article 768142. https://doi.org/10.1155/2012/768142
  4. Lane J. (2023). Pediatric nephrotic syndrome work-up. Medscape. Retrieved October 24, 2025, from https://emedicine.medscape.com/article/982920-overview
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  6. Niaudet, P. (2024). Clinical manifestations, diagnosis, and evaluation of nephrotic syndrome in children. UpToDate. Retrieved October 24, 2025, from https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-diagnosis-and-evaluation-of-nephrotic-syndrome-in-children
  7. Niaudet P. (2023). Symptomatic management of nephrotic syndrome in children. UpToDate. Retrieved October 24, 2025, from https://www.uptodate.com/contents/symptomatic-management-of-nephrotic-syndrome-in-children
  8. Niaudet P. (2024). Treatment of idiopathic nephrotic syndrome in children. UpToDate. Retrieved October 24, 2025, from https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-idiopathic-nephrotic-syndrome-in-children

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