A cirurgia cardíaca é a abordagem cirúrgica das anormalidades cardíacas e dos grandes vasos do tórax. De uma forma geral, a intervenção cirúrgica do coração é realizada para restaurar diretamente a função de bomba, corrigir problemas estruturais intrínsecos e restabelecer o fornecimento adequado de sangue através da circulação coronária. As intervenções comuns tratam doenças isquémicas e valvulares cardíacas, bem como perturbações dos grandes vasos.
O cirurgião necessita de estar familiarizado com a anatomia do coração e das estruturas circundantes, bem como dos territórios vasculares, para evitar danos aos vasos e nervos e para obter uma reperfusão bem-sucedida dos tecidos.
Anatomia geral do coração
Localização: mediastino médio
Circundado pelo pericárdio
Relações:
Anterior: esterno e cartilagem costal
Posterior: coluna vertebral (T5-T8), esófago, brônquios primários, grandes vasos
Lateral: pulmões e pleura
Superior: bifurcação do tronco pulmonar principal
Inferior: diafragma
Em forma de cone, com ⅔ da sua massa à esquerda da linha média
O coração na cavidade pericárdica
Imagem pela Lecturio.
Câmaras
4 câmaras: 2 aurículas superiores e 2 ventrículos inferiores
O septo interauricular separa as aurículas e o septo interventricular separa os ventrículos (visível como os sulcos longitudinal anterior e posterior).
Apêndice auricular esquerdo: uma bolsa muscular que aumenta a capacidade auricular, sendo um local comum para deposição de trombos
Ventrículo direito: recebe sangue desoxigenado da aurícula direita através da válvula tricúspide, e posteriormente transporta-o, através da válvula pulmonar, para a artéria pulmonar até a circulação pulmonar para oxigenação
Ventrículo esquerdo: recebe sangue oxigenado da aurícula esquerda através da válvula mitral e, de seguida, bombeia-o através da válvula aórtica para a aorta e para a circulação sistémica
Aurícula e ventrículo direitos
Imagem pela Lecturio.
Aurícula e ventrículo esquerdos
Imagem pela Lecturio.
Válvulas
Impedem o fluxo sanguíneo retrógrado e o seu encerramento produz os sons cardíacos que podem ser ouvidos na auscultação:
Válvula mitral:
2 cúspides (bicúspide)
Entre a aurícula esquerda e o ventrículo esquerdo
Válvula tricúspide:
3 cúspides (tricúspide)
Entre a aurícula direita e o ventrículo direito
Válvula pulmonar:
Semilunar
Entre o ventrículo direito e o tronco pulmonar
Válvula aórtica:
Semilunar
Entre o ventrículo esquerdo e aorta
Estrutura subvalvular encontrada sob as válvulas auriculoventriculares (AV), constituída por cordas tendinosas e por músculos papilares, que atuam na prevenção do prolapso das cúspides para as aurículas
Visão das válvulas do coração a partir de uma perspetiva auricular: Aurícula removida
A pericardiocentese é um procedimento invasivo que consiste na inserção de uma agulha no espaço pericárdico para extrair líquido, com intuito diagnóstico ou terapêutico.
Indicações
Pericardiocentese diagnóstica (obtenção de líquido pericárdico para diagnóstico):
Suspeita de derrame bacteriano, micobacteriano ou fúngico
Suspeita de derrame maligno
Pericardiocentese terapêutica:
Tamponamento cardíaco: restrição do enchimento cardíaco devido à acumulação excessiva de líquido na cavidade pericárdica; culmina com a diminuição do débito cardíaco e potencialmente instabilidade hemodinâmica (hipotensão e choque)
Derrames pericárdicos de grande volumesem etiologia conhecida
Contraindicações
Dissecção aórtica
Coagulopatia (PTT > 2x normal) ou trombocitopenia (contagem de plaquetas < 50.000)
Derrame pericárdico de pequenas dimensões ou loculado
Hemopericárdio traumático (rutura de parede ventricular livre)
Pericardite infeciosa não viral
Procedimento
Com exceção dos doentes em paragem cardiorrespiratória ou em risco iminente de vida, uma pericardiocentese deve ser realizada sob orientação ecográfica.
Realização de ecocardiograma (em situações de emergência esta etapa é ignorada).
Localização da junção xifocondral esquerda e marcação com uma caneta.
Lavagem da pele e aplicação do campo cirúrgico, com janela para a junção xifocondral esquerda.
Infiltração de 1 mL de lidocaína no local da punção, com criação de uma pápula, e nos tecidos mais profundos.
Perfuração da pele com um bisturi, 1–2 cm inferior à junção xifocondral esquerda.
Introdução e progressão da agulha num ângulo de 45 graus através da pequena incisão em direção à zona média da omoplata esquerda, com manutenção simultânea da pressão negativa (puxando o êmbolo) na seringa.
Progressão da agulha até atingir o espaço pericárdico, confirmado por:
Aspiração de líquido pericárdico ou sangue
Perceção de entrada na cavidade
Perceção de pulsações cardíacas
Elevação do segmento ST no ECG (remoção da agulha até normalização)
Aspiração do conteúdo pericárdico.
Envio do conteúdo pericárdico extraído para laboratório para:
Coloração de Gram
Cultura (bacteriana, fúngica e micobacteriana)
Contagem de células
Citologia
Proteínas
Glicose
Exame bioquímico (ou seja, pH, LDH)
Remoção da agulha assim que não seja possível aspirar mais líquido.
Pericardiocentese por agulha: Para atingir com sucesso a cavidade pericárdica, a agulha deve ser posicionada num ângulo de 45 graus em direção à zona média da omoplata esquerda, com manutenção simultânea da pressão negativa na seringa.
Imagem pela Lecturio.
Complicações
Ausência de melhoria clínica: esta deve ser imediata após a extração do líquido pericárdico.
Perfuração da parede miocárdica (ventrículo direito)
Punção de artéria coronária
Punção da artéria mamária interna esquerda
Hemotórax: acumulação de sangue no espaço pleural por hemorragia profusa, geralmente em contexto de trauma torácico
Pneumotórax: acumulação de ar no espaço pleural (entre a pleura parietal e visceral), podendo ser aberto (comunicação com a atmosfera) ou sob tensão (sem abertura na parede torácica)
A janela pericárdica é um procedimento cirúrgico realizado no pericárdio parietal para permitir o acesso ao espaço pericárdico para evacuação de líquido ocupante de espaço e desbridamento de loculações. O principal objetivo deste procedimento é restaurar o enchimento ventricular eficaz e o débito cardíaco adequado.
Indicações
Tamponamento cardíaco
Derrame pericárdico sintomático que persiste apesar de 7 a 10 dias de tratamento médico intensivo
Contraindicações
Não há contraindicações absolutas. As contraindicações relativas incluem coagulopatia, trombocitopenia e a falta de experiência do médico.
Procedimento
Abordagem subxifoide (preferível devido à sua maior simplicidade):
Realização de uma incisão vertical na linha média sobre a apófise xifoide e abdómen superior, com 4 cm de extensão
Separação da linha alba e retração superior da apófise xifoide.
Dissecação do diafragma do esterno e apófise xifoide para permitir o acesso à cavidade torácica.
Abertura do pericárdio quando o cirurgião tem visualização direta.
Aspiração do líquido e desbridamento cuidadoso das loculações.
Envio do tecido e líquido pericárdico para estudo bacteriológico e histológico.
Colocação de dreno para evacuação contínua.
Abordagem anterolateral:
Toracotomia
Preparação de uma janela pericárdica anteriormente ao nervo frénico.
Encerramento frouxo da pele com suturas não absorvíveis e remoção de qualquer resíduo (por exemplo, sangue, tecido adiposo)
Aplicação de gaze estéril e penso sobre a(s) ferida(s) cirúrgica(s).
Exemplo de uma janela pericárdica
Imagem: “The place of pericardial window” por Toth et al. Licença: CC BY 2.0
Complicações
Hemorragia
Infeção do local cirúrgico (SSI, pela sigla em inglês)
Arritmia
Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM)
Colapso hemodinâmico
Cirurgia de Bypass Coronário (CABG)
Definição
A cirurgia de bypass coronário (CABG, pela sigla em inglês) é um procedimento invasivo de revascularização que consiste na colocação de um enxerto entre a circulação arterial e a coronária para desviar o fluxo sanguíneo de segmentos obstruídos das artérias coronárias e fornecer sangue oxigenado ao miocárdio.
Indicações
Doentes com angina com impacto na qualidade de vida, apesar de terapia médica máxima otimizada
Doença significativa da artéria coronária esquerda dominante (estenose > 70%)
Doença arterial coronária (DAC) multivaso, com redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE)
Doença de 3 vasos
Contraindicações
Incompatibilidade das artérias coronárias com o enxerto
Ausência de miocárdio viável para enxertar
Procedimento
Realização de uma esternotomia mediana.
Remoção da veia safena simultaneamente de uma ou ambas as pernas através de uma abordagem aberta ou assistida por vídeo. A veia é utilizada para fazer os enxertos ou condutos.
Paragem cardíaca induzida por solução cardioplégica rica em potássio.
Anastomose dos condutos às artérias coronárias.
Ligação posterior dos condutos a novas aberturas criadas na aorta proximal e/ou outros vasos principais.
Após lavagem da solução cardioplégica, verificação da patência do conduto e de hemorragia dos locais de anastomose.
Encerramento torácico com suturas esternais se a intervenção for considerada satisfatória.
A esternotomia mediana é realizada em muitas cirurgias cardíacas para incluir um enxerto para bypass da artéria coronária.
Imagem pela Lecturio.
Ilustração que mostra o coração antes e depois da cirurgia de bypass coronário (CABG): São usados enxertos de veia para ultrapassar as obstruções coronárias.
Imagem por Lecturio.
Complicações
Insuficiência do enxerto: Enxerto incapaz de fornecer adequadamente sangue oxigenado para o miocárdio.
Acidente Vascular Cerebral (AVC): Uma complicação grave da CABG na qual ocorre lesão cerebral por interrupção do fluxo sanguíneo (AVC isquémico) ou hemorragia ativa (AVC hemorrágico), com clínica neurológica característica.
Infeção do local cirúrgico (SSI, pela sigla em inglês): Um tipo de infeção cirúrgica que ocorre na incisão cirúrgica ou na sua proximidade, até 30 dias após a cirurgia ou até 90 dias se material protético foi implantado. Uma SSI é classificada consoante a profundidade do atingimento da infeção em superficial, profunda ou de órgão / espaço.
Fibrilhação auricular: Taquiarritmia supraventricular, sendo o tipo mais comum de arritmia. A fibrilhação auricular é causada por contrações auriculares rápidas e descontroladas e respetivas respostas ventriculares descoordenadas.
O cateterismo cardíaco é um procedimento invasivo que consiste na inserção de um cateter na circulação arterial sistémica, com progressão até ao coração para injeção de contraste. Este procedimento permite uma avaliação vascular imagiológica para diagnóstico e eventual intervenção terapêutica.
Indicações
Este procedimento pode ser diagnóstico ou terapêutico.
Doença arterial coronária: Referida como doença cardíaca isquémica, esta patologia é causada por um fornecimento inadequado de sangue ao miocárdio devido a estenose das artérias coronárias, tipicamente por aterosclerose.
Insuficiência cardíaca:Incapacidade do coração para desenvolver um débito cardíaco adequado para suprir as necessidades metabólicas.
Avaliação hemodinâmica dos lados direito e esquerdo do coração
Arritmias
Doença cardíaca valvular
Avaliação de doenças pericárdicas e miocárdicas
Avaliação de cardiopatias congénitas
Contraindicações
Não há contra-indicações absolutas para o cateterismo cardíaco. No entanto, se a probabilidade de complicações for relativamente elevada, o cirurgião pode considerar outros métodos. Doentes com insuficiência renal devem ser abordados com cautela, dado que o contraste pode ser nefrotóxico.
Procedimento
No Bloco Operatório:
Posicionamento do doente em decúbito dorsal.
Posicionamento do fluoroscópio sobre o doente.
Obtenção de acesso EV.
Colocação de um cateter de Foley para quantificação do débito urinário.
Monitorização contínua:
FC
Tensão arterial
Saturação de O2 (oximetria de pulso)
Monitor de ritmo com ECG
Utilização de sedação moderada e analgesia leve, bem como anestesia local.
Cuidados cirúrgicos:
O cateterismo cardíaco pode ser realizado por via arterial ou venosa. A inserção percutânea do cateter é realizada através de uma versão modificada da técnica de Seldinger.
Identificação do vaso selecionado (por exemplo, artéria femoral).
Punção do vaso com agulha, sob orientação ecográfica.
Introdução de um fio-guia através da agulha.
Remoção da agulha e inserção de um dilatador sobre o fio-guia.
Progressão do fio-guia até ao coração através da circulação sistémica.
Inserção do cateter sobre o fio-guia em direção ao coração.
Realização das avaliações necessárias pelo cirurgião, de acordo com as indicações do procedimento, assim que o cateter atinge o coração.
Extração do cateter e do dilatador com aplicação simultânea de pressão no local da punção para evitar hemorragia.
Complicações
Hematoma
Hemorragia retroperitoneal
Pseudoaneurisma
Fístula AV (arteriovenosa)
Embolia (por exemplo, trombo, placa aterosclerótica, ou ar)
Fibrilhação ventricular: um tipo de taquiarritmia ventricular caracterizada por contração ventricular descoordenada, que culmina com uma diminuição do débito cardíaco e colapso hemodinâmico imediato
EAM: uma lesão do miocárdio por isquemia, caracterizada por um aumento das enzimas cardíacas (sobretudo da troponina T), alterações no ECG sugestivas de isquemia em 2 derivações contínuas e toracalgia
AVC
Dissecção da aorta: separação da túnica íntima da parede aórtica com fluxo sanguíneo para a túnica média, com a criação de um “lúmen falso”, devido às forças de cisalhamento associadas à pressão pulsátil
Reação de hipersensibilidade: Há cada vez mais evidência científica que demonstra que algumas reações de hipersensibilidade aos meios de contraste, particularmente aquelas que são graves, podem ser mediadas por IgE.
Lesão renal aguda (AKI, pela sigla em inglês): devido ao contraste necessário para a realização do procedimento
A ventriculografia, que consiste na injeção de contraste para visualização do ventrículo, permite a medição da fração de ejeção.
Imagem: “Left ventriculography during systole showing apical ballooning akinesis with basal hyperkinesis in a characteristic takotsubo ventricle” por Tara C. Gangadhar. Licença: CC BY 2.0
Cateter cardíaco esquerdo inserido por via femoral
Imagem: “Left Heart Catheter” por BruceBlaus. Licença: CC BY-SA 4.0, recortado pela Lecturio.
Anteriormente conhecida como angioplastia coronária com stent, a intervenção coronária percutânea (PCI, pela sigla em inglês) é um procedimento invasivo não cirúrgico que consiste na introdução de um cateter nas artérias coronárias com dilatação de um balão e colocação de stent para resolução da oclusão de um vaso.
Indicações
Doença arterial coronária (CHD, pela sigla em inglês) crítica :
O conceito define uma situação em que existe um fornecimento inadequado de sangue para o miocárdio devido a estenose das artérias coronárias
Geralmente consequência da aterosclerose
PCI está indicado em doentes com CHD sem critérios para CABG.
EAM com elevação do segmento ST (STEMI, pela sigla em inglês):
Sintomas compatíveis com isquemia com duração < 12 horas
Contraindicado se em combinação com terapêutica fibrinolítica
Síndrome coronária aguda sem elevação do segmento ST
Angina refratária
Angina recorrente
Sintomas de insuficiência cardíaca
Regurgitação mitral de novo ou em agravamento
Instabilidade hemodinâmica
Taquicardia/fibrilhação ventricular sustentada
Angina (estável e instável): dor ou desconforto torácico subesternal em pressão, com irradiação para o pescoço, mandíbula e/ou membro superior esquerdo, associada a dispneia, palpitações, ansiedade, náuseas, vómitos, dor abdominal ou epigástrica, e/ou diaforese
Angina estável (< 20 minutos)
Angina instável (≥ 20 minutos)
Caraterísticas de alto risco no teste de stress
Contraindicações
Absolutas:
Recusa da intervenção
Impossibilidade de toma de terapêutica antiplaquetária dupla.
Risco elevado de hemorragia (ou seja, trombocitopenia)
Reestenose devido a múltiplas PCI anteriores
Relativas:
Intolerância a longo prazo à terapêutica antiplaquetária
Estado de hipercoagulabilidade
Doença renal crónica (CKD, pela sigla em inglês) grave
Diâmetro da artéria < 1,5 mm
Estenose crítica da artéria coronária esquerda dominante sem fluxo colateral ou patência de enxerto para bypass
Cuidados pré-operatórios
A preparação para PCI é bastante similar à do cateterismo cardíaco. Contudo, o tempo porta-balão (D2B time, pela sigla em inglês) é um fator importante que necessita de ser considerado.
A intervenção coronária percutânea é frequentemente realizada no contexto de emergência.
O D2B time é o tempo decorrido desde a chegada ao Serviço de Urgência até à insuflação do balão na artéria responsável pelo enfarte (pelo inglês culprit).
A redução do D2B time é crítica para aumentar a probabilidade de sobrevivência no ambiente hospitalar.
Terapêutica antiplaquetária:
Aspirina 162–325 mg no dia do procedimento.
Inibidores GPIIb/IIIa (ou seja, abciximab)
Terapêutica antiplaquetária dupla (DAPT, pela sigla em inglês): aspirina e um inibidor P2Y12 (por exemplo, clopidogrel, prasugrel, ticagrelor)
Como anticoagulação, a heparina não fracionada pode ser utilizada aquando da PCI.
A profilaxia antibiótica não está indicada.
Cuidados cirúrgicos
O acesso às artérias coronárias é realizado por via radial, axilar ou femoral. A artéria radial é preferida devido ao menor risco de hemorragia. A angioplastia com stent é preferida à angioplastia apenas com balão pela diminuição do risco de reestenose.
Angiografia:
Realização de cateterismo cardíaco para alcançar as artérias coronárias.
Introdução do meio de contraste na artéria coronária suspeita e obtenção de imagens por fluoroscopia.
Após identificação imagiológica das estenoses e as oclusões, o operador posiciona o fio-guia distal à estenose na artéria através do cateter.
Angioplastia e colocação de stent:
Utilização do fio-guia para progredir o balão desinsuflado e o cateter com stent até ao segmento estenótico.
Expansão do balão após o local correto ser alcançado, com dilatação do stent posicionado sobre ele e abertura do lúmen do vaso.
Esvaziamento do balão, remoção do cateter e confirmação da colocação adequada do stent e da resolução da estenose.
Remoção do cateter e do dilatador com aplicação simultânea de pressão no local da punção para evitar hemorragia.
Exemplo de um stent coronário, um dispositivo metálico tubular expansível
Imagem: “Lekton Magic coronary stent” por Maryam Moravej e Diego Mantovani. Licença: CC BY 3.0
Cuidados pós-operatórios
Após a intervenção, o doente é encaminhado para a sala de recuperação pós-anestésica, onde permanece durante 6 horas. Posteriormente pode ser transferido para a enfermaria, se indicado.
Doentes submetidos a intervenções eletivas, com baixo risco e sem complicações podem obter alta 6 a 8 horas após a intervenção.
Complicações
Rutura ou dissecção da artéria coronária, ou da aorta
Hemorragia do local da punção
Infeção do local cirúrgico (SSI, pela sigla em inglês)
Sépsis
Lesão renal aguda (AKI, pela sigla em inglês): devido ao contraste utilizado no procedimento
AVC: devido a trombos desenvolvidos durante a intervenção
EAM: devido a dissecção ou trombo do stent
Angiografia coronária com estenose grave da artéria descendente anterior esquerda (LAD, pela sigla em inglês)
Imagem: “Coronary angiography showing a severe proximal LAD stenosis” por V. Parisi et al. Licença: CC BY 2.0
Zipes, D., Libby, P., Bonow, R., Mann, D., Tomaselli, G., Braunwald, E. (2019). Braunwald’s Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular Medicine. Elsevier/Saunders.
Toth, I., Szucs, G., Molnar, T. F. (2012). Mediastinoscope-controlled parasternal fenestration of the pericardium: definitive surgical palliation of malignant pericardial effusion. Journal of Cardiothoracic Surgery 7:56. https://doi.org/10.1186/1749-8090-7-56
Mueller, X. M., Tevaearai, H. T., Hurni, M., Ruchat, P., Fischer, A. P., Stumpe, F., von Segesser, L. K. (1997). Long-term results of surgical subxiphoid pericardial drainage. Thoracic and Cardiovascular Surgeon 45:65–69. https://doi.org/10.1055/s-2007-1013689
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