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Vírus Ébola/Vírus Marburg

O vírus Ébola e o vírus Marburg são membros da família Filoviridae. São vírus de RNA de cadeia simples, de sentido negativo, com uma morfologia filamentosa e pleomórfica característica. A transmissão ocorre principalmente através do contacto com secreções de um indivíduo infetado. Estes vírus causam doenças similares, com sintomas semelhantes aos da gripe, diarreia, hemorragia, disfunção multiorgânica e choque. O diagnóstico pode ser feito por PCR, deteção de antigénios e serologia. O tratamento é principalmente de suporte, embora a terapia com anticorpos monoclonais tem sido promissora para o tratamento da doença do vírus Ébola.

Última atualização: Jul 19, 2022

Responsibilidade editorial: Stanley Oiseth, Lindsay Jones, Evelin Maza

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Classificação

Classificação do fluxograma de vírus de rna

Identificação do vírus RNA:
Os vírus podem ser classificados de várias maneiras. A maioria dos vírus, no entanto, terá um genoma formado por DNA ou RNA. Os vírus de genoma de RNA podem ser ainda caracterizados por um RNA de cadeia simples ou dupla. Os vírus “envelopados” são cobertos por uma fina camada de membrana celular (geralmente retirada da célula hospedeira). Se a camada estiver ausente, os vírus são chamados de vírus “nus”. Os vírus com genomas de cadeia simples são vírus de “sentido positivo” se o genoma for usado diretamente como RNA mensageiro (mRNA), que é traduzido em proteínas. Os vírus de “sentido negativo” de cadeia simples usam a RNA polimerase dependente de RNA, uma enzima viral, para transcrever o seu genoma em RNA mensageiro.

Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0

Características Gerais

Taxonomia

  • Família: Filoviridae
  • Género Ebolavirus:
    • Zaire ebolavirus
    • Tai Forest ebolavirus
    • Sudão ebolavírus
    • Bundibugyo ebolavirus
    • Bombali ebolavirus
    • Reston ebolavirus (não causa doença em humanos)
  • Género Marburgvirus: Marburg marburgvirus

Características básicas dos vírus Ébola e Marburg

  • Vírus RNA:
    • Não segmentado
    • Sentido negativo
    • Cadeia simples
  • Estrutura e morfologia:
    • Nucleocapsídeo helicoidal
    • Membrana lipídica
    • Filamentosa
    • Forma pleomórfica:
      • Em forma de “6”
      • Em forma de “U”
      • Circular

Doença associada

  • 5 espécies do vírus Ébola causam doença do vírus Ébola (EVD, pela sigla em inglês).
  • O vírus Marburg causa doença do vírus Marburg (MVD, pela sigla em inglês), previamente conhecida como febre hemorrágica de Marburg.

Epidemiologia

Doença do vírus Ébola

  • A maioria dos surtos tem origem na África Subsariana.
  • Qualquer faixa etária pode ser infetada.
  • Sem predileção racial ou sexual
  • Taxa de mortalidade dos casos (varia entre os surtos): aproximadamente 40%‒90%

Doença do vírus Marburg

  • Rara
  • Surtos e casos esporádicos foram relatados em:
    • Angola
    • Uganda
    • República Democrática do Congo
    • Quénia
    • África do Sul
  • Taxa de mortalidade dos casos (varia entre os surtos): aproximadamente 23%‒90%

Patogénese

Reservatório

  • Não totalmente conhecido
  • Possivelmente morcegos frugívoros

Hospedeiros

  • Primatas
  • Humanos

Transmissão

  • De humano para humano:
    • Contacto direto com fluidos corporais infetados
    • Fomites
    • Contacto sexual
  • Primata para humano através de fluidos corporais infetados
  • Possivelmente morcego frugívoro para humano

Fatores de risco do hospedeiro

  • As profissões de risco incluem:
    • Profissionais de saúde
    • Veterinários
    • Trabalhadores de laboratório
    • Mineiros ou espeleólogos que trabalham em cavernas de morcegos frugívoros.
  • Parceiro sexual de um sobrevivente de EVD ou MVD (partes do vírus podem persistir no sémen por semanas a meses após a infeção)

Fisiopatologia

  • Os mecanismos específicos subjacentes à patogenicidade dos vírus Ébola e Marburg não foram totalmente delineados.
  • Ambos os vírus entram através das membranas mucosas → 1º tem como alvo macrófagos e células dendríticas
  • Replicação → morte de células infetadas → libertação de novos vírions
  • Disseminação para gânglios linfáticos regionais → replicação → disseminação pela corrente sanguínea
  • Novamente, os vírions têm como alvo células dendríticas e macrófagos (e outros tipos de células, incluindo células endoteliais) em tecidos linfoides → necrose tecidual:
    • Fígado
    • Baço
    • Timo
  • O vírus causa:
    • Défice da imunidade adaptativa:
      • Infeção de células dendríticas → incapazes de apresentar antigénios
      • Perda de linfócitos (“apoptose do espectador” – bystander apoptosis)
    • A libertação de citocinas inflamatórias dos macrófagos → resposta inflamatória sistémica → pode estar ligada a:
      • Sintomas gastrointestinais
      • ↑ Permeabilidade vascular → extravazamento vascular difuso
      • Falência multiorgânica
      • Distúrbios da coagulação
Routes of ebola virus transmission

Vias de transmissão do vírus Ébola:
O contacto com fluídos corporais como sangue, fezes, sémen, leite materno e saliva tem o maior risco de transmissão. Os fluídos infecciosos também se podem formar em gotículas de aerossóis, que possuem um menor risco de transmissão.

Imagem: “Potential routes of Ebola virus transmission and infection between people” por Judson S., Prescott J., Munster V. License: CC BY 4.0

Apresentação Clínica

A doença do vírus Ébola e a MVD têm apresentações muito semelhantes e podem ser difíceis de distinguir.

  • Período de incubação:
    • EVD: 2‒21 dias
    • MVD: 5‒10 dias
  • Sinais e sintomas iniciais:
    • Febre alta
    • Arrepios
    • Cefaleia
    • Artralgia e mialgia
    • Fadiga
    • Faringite
    • Dor abdominal
    • Diarreia aquosa profusa (até 10 L/dia)
    • Diarreia aquosa
    • Náuseas e vómitos
    • Conjuntivite
    • Rash cutâneo maculopapular (pode descamar):
      • Face
      • Tronco
      • Braços
  • Mais tarde, manifestações mais graves:
    • Desidratação → hipotensão
    • Hemorragia:
      • Hemorragia da mucosa
      • Equimoses
      • Escorrência de locais de punção venosa
      • Hemorragia GI
    • Neurológicas:
      • Alteração do estado de consciência
      • Hiperreflexia
      • Rigidez da nuca
      • Instabilidade da marcha
      • Convulsões
      • Coma
    • Bradicardia
    • Respiratórias:
      • Dispneia
      • Hipóxia
      • Insuficiência respiratória
    • Hepatite
    • Insuficiência renal
    • Choque
  • Após a recuperação da EVD, os doentes podem apresentar:
    • Problemas de visão (por exemplo, catarata, uveíte)
    • Perda de audição
    • Alterações cognitivas
    • Dor nas articulações
    • Recaída (devido à persistência do vírus no corpo)
Symptoms of ebola

Sinais e sintomas da doença do vírus Ébola

Imagem: “Symptoms of ebola” por Mikael Häggström. Licença: CC0 1.0

Diagnóstico e Tratamento

Diagnóstico

O diagnóstico de EVD e MVD no início do curso da doença pode ser difícil (os primeiros sintomas mimetizam outras doenças mais comuns). É necessário um alto grau de suspeição, uma vez que o isolamento precoce dos pacientes em que há suspeita de EVD ou MVC é essencial para controlar o surto.

  • PCR:
    • Mais frequentemente usada para fazer um diagnóstico definitivo
    • Deteta RNA viral
  • ELISA para deteção de antigénio:
    • Deteta antigénios virais
    • Os resultados devem ser confirmados com PCR.
  • Serologia:
    • ELISA
    • Anticorpo de fluorescência indireta

Tratamento

  • Não existe tratamento específico para estas infeções virais.
  • O tratamento é geralmente de suporte:
    • Hidratação IV
    • Reposição de eletrólitos
    • Ventilação mecânica para insuficiência respiratória
    • Antipiréticos (por exemplo, paracetamol)
    • Controlo da dor
    • Fármacos antidiarreicos (por exemplo, loperamida)
    • Derivados sanguíneos
  • Terapias usadas para o tratamento de EVD:
    • Anticorpos monoclonais
    • Plasma convalescente (benefício incerto)

Comparação de Febres Hemorrágicas Virais

A tabela a seguir compara e diferencia as várias causas virais de febre hemorrágica:

Tabela: Comparação de febres hemorrágicas virais
Organismo Vírus Ébola Vírus da Febre Amarela Hantavírus Vírus Lassa
Família Filoviridae Flaviviridae Bunyaviridae Arenaviridae
Características
  • Vírus RNA:
    • Cadeia simples
    • Linear
    • Não segmentado
    • Sentido negativo
  • Forma filamentosa e pleomórfica
  • Com envelope
  • Vírus RNA:
    • Cadeia simples
    • Linear
    • Não segmentado
    • Sentido positivo
  • Esférico
  • Com envelope
  • Vírus RNA:
    • Cadeia simples
    • Linear
    • Segmentado
    • Sentido negativo
  • Esférico
  • Com envelope
  • Vírus RNA:
    • Cadeia simples
    • Linear
    • Segmentado
    • Sentido negativo
  • Esférico
  • Com envelope
Transmissão
  • Contacto direto com secreções infetadas
  • Fomites
  • Contacto com primatas ou morcegos infetados
Vetor: mosquito
  • Aerossóis
  • Contacto com excrementos de roedores, urina ou saliva
  • Aerossóis
  • Contacto direto
  • Ingestão
  • Exposição a sangue, secreções, tecidos de indivíduos infetados
Apresentação clínica
  • Sintomas semelhantes à gripe
  • Rash
  • Manifestações hemorrágicas
  • Manifestações neurológicas
  • Sintomas semelhantes à gripe
  • Manifestações hemorrágicas
  • Disfunção hepática (icterícia)
  • Febre
  • Manifestações hemorrágicas
  • LRA – lesão renal aguda
  • A maioria dos doentes está assintomática ou com sintomas leves.
  • Manifestações hemorrágicas
  • A surdez é comum.
Diagnóstico
  • PCR
  • Deteção de antigénio viral
  • Serologia
  • Serologia
  • PCR
  • Cultura do vírus
  • Serologia
  • PCR
  • Serologia
  • PCR
Tratamento
  • Suporte
  • Terapia com anticorpos monoclonais
Suporte Suporte
  • Suporte
  • Ribavirina

Diagnóstico Diferencial

  • Malária: doença infecciosa transmitida por mosquitos, causada por espécies de Plasmodium. A malária geralmente apresenta-se com febre, calafrios, sudorese, icterícia, dor abdominal, anemia hemolítica, hepatoesplenomegalia e insuficiência renal. O esfregaço de sangue periférico na malária mostra um único anel pleomórfico. Os testes rápidos para antigénios de Plasmodium também podem ser realizados. O tratamento requer um esquema prolongado de vários fármacos antimaláricos.
  • Febre tifoide: doença sistémica causada pela bactéria gram-negativa, Salmonella enterica sorotipo typhi. Os sintomas incluem febre alta, dor abdominal, rash cutâneo cor de rosa e diarreia. A hemorragia gastrointestinal é uma complicação de uma infeção não tratada. O diagnóstico é confirmado pela cultura. O tratamento inclui fluoroquinolonas ou azitromicina.
  • Gripe: infeção viral comum e autolimitada causada pelo vírus Influenza que normalmente apresenta-se com febre, mialgias, cefaleia e sintomas respiratórios superiores. A dor abdominal, vómitos e diarreia também podem ocorrer mais frequentemente em crianças. Não são observadas manifestações hemorrágicas. O diagnóstico é confirmado por PCR ou ELISA. O tratamento geralmente é de suporte, embora os inibidores da neuraminidase possam ser iniciados nas primeiras 48 horas da doença.
  • Diarreia do viajante: tipo de gastroenterite geralmente causada por bactérias ou vírus, como Escherichia coli enterotoxigénica (ETEC, pela sigla em inglês) ou norovírus, no saneamento de água local. Os sintomas ocorrem após o consumo de água ou alimentos contaminados e incluem diarreia aquosa, mal-estar e cólicas abdominais. Ao contrário daqueles com EVD e MVD, os sintomas são geralmente restritos ao trato GI. O diagnóstico é clínico e a doença é autolimitada.
  • Meningite bacteriana: infeção aguda das meninges. Os doentes apresentam cefaleias, febre, rigidez de nuca e rápida deterioração clínica. Para estabelecer o diagnóstico é realizada uma punção lombar. A análise do líquido cefalorraquidiano mostrar um líquido turvo, glicose baixa e contagem elevada de leucócitos com predominância de neutrófilos. A coloração de Gram e a cultura são usadas para determinar as bactérias causadoras de infeção. O tratamento inclui antibióticos e corticoides.

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