Cesariana

A cesariana é o parto cirúrgico, de um ou mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome fetos, realizado através de uma incisão no abdómen e útero maternos. O parto por cesariana pode estar indicado por variadas razões maternas ou fetais, as quais incluem, frequentemente, a intolerância fetal ao trabalho de parto, o trabalho de parto estacionário, antecedentes de cirurgia uterina prévia, má apresentação fetal e anomalias placentárias. Durante o procedimento podem ser realizados diferentes tipos de incisões cutâneas e uterinas, no entanto, a combinação mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome frequente é a incisão cutânea de Pfannenstiel com uma incisão uterina transversal inferior. Normalmente, a taxa de complicações com a cesariana é superior comparativamente com o parto vaginal não complicado, razão pela qual devem ser evitadas cesarianas desnecessárias. Os cuidados pós-parto para estas mulheres consistem na combinação dos cuidados de rotina pós-parto com os pós-operatórios.

Last updated: Dec 15, 2025

Editorial responsibility: Stanley Oiseth, Lindsay Jones, Evelin Maza

Descrição Geral

Definição

A cesariana (vulgarmente conhecida, em inglês, por “C-section”) é o parto cirúrgico, de ≥ 1 fetos, realizado através de uma incisão no abdómen e útero maternos.

Epidemiologia

  • Incidência nos Estados Unidos:
    • Atualmente, cerca de 1 em cada 3 partos nos Estados Unidos são por cesariana ( mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome alta do que na maioria dos outros países desenvolvidos)
    • Em 1970, apenas cerca de 5% dos partos eram por cesariana.
  • Taxas de incidência global:
    • Taxa média nos países desenvolvidos: aproximadamente 20%
    • Taxa média nas regiões em desenvolvimento: aproximadamente 15%
    • Taxa média nas regiões menos desenvolvidas: aproximadamente 2%
  • Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a taxa ótima de cesarianas, que permite maximizar a sobrevivência materna e fetal, é de cerca de 15%.

Classificação

Os partos por cesariana podem ser classificados de várias formas:

  1. Pelo tipo de incisão uterina
  2. Cesariana primária ou recorrente:
    • Primária: a primeira cesariana materna (embora possa não ser o primeiro parto)
    • Recorrente: mãe com antecedentes de cesariana
    • “3-peat”, “4-peat” etc ETC The electron transport chain (ETC) sends electrons through a series of proteins, which generate an electrochemical proton gradient that produces energy in the form of adenosine triphosphate (ATP). Electron Transport Chain (ETC) .: linguagem utilizada no quotidiano, entre médicos, para comunicar o número de cesarianas anteriores (por exemplo, “3-peat” = 3.ª cesariana)
  3. Pelo caráter de urgência: as categorias são claras e podem mudar rapidamente. Normalmente, estas categorias são utilizadas, na comunicação e coordenação de cuidados, entre equipas que trabalham juntas (por exemplo, equipas de obstetrícia, anestesia e pediatria).
    • Planeada/programada:
      • Grávidas que tenham indicação, antes do início do trabalho de parto
      • O parto é programado com dias ou semanas de antecedência.
      • Caso as mães entrem em trabalho de parto antes da data prevista, é realizada a cesariana no momento.
      • Estas são as cesarianas que apresentam menor risco.
    • Rotina não programada:
      • Grávidas em trabalho de parto que desenvolvem indicações para cesariana no intraparto. No entanto, o atraso de várias horas não acarreta risco adicional para a mãe ou feto.
      • Exemplo: grávida em trabalho de parto estacionário, sem sinais de infeção e com padrão da frequência cardíaca fetal tranquilizador.
    • Urgente:
      • Grávidas em trabalho de parto que desenvolvem indicações para cesariana no intraparto, a ser realizada em 30 minutos.
      • Exemplo: o feto desenvolve desacelarações tardias, recorrentes e persistentes (indicativas de sofrimento fetal), embora ainda apresente variabilidade moderada (o que sugere que o feto ainda não está com acidose).
      • Todas as equipas devem seguir os protocolos estabelecidos, movimentando-se rapidamente, mas com segurança.
    • Emergente:
      • Grávidas que necessitam que o parto ocorra o mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome rapidamente possível.
      • Exemplo: descolamento prematuro da placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity com hemorragia materna e fetal significativa (pode ocorrer a exsanguinação completa em minutos)
      • As equipas movimentam-se o mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome rapidamente possível (por exemplo, a correr) e é aceitável o seguimento do protocolo, de forma incompleta (por exemplo, a preparação consiste, simplesmente, em verter o frasco de Betadine sob o abdómen materno).

Indicações e Contraindicações

As indicações para a cesariana podem ser maternas, placentárias ou fetais, embora ocorra, frequentemente, sobreposição das mesmas.

Indicações anteparto

Indicações presentes antes do início do trabalho de parto. A cesariana deve ser programada e (em geral) as grávidas não podem entrar em trabalho de parto.

  • Antecedentes de cesariana com uma incisão transversal inferior:
    • Atualmente, na prática obstétrica, é dada às grávidas a opção de escolha entre a tentativa de trabalho de parto após a cesariana (TOLAC, pela sigla em inglês) ou a programação de nova cesariana.
    • Os riscos são considerados comparáveis, mas diferentes.
    • É recomendada a tomada de decisão conjunta, considerando as circunstâncias do parto anterior, as características desta gravidez, os recursos disponíveis e a preferência da grávida.
  • Cirurgia uterina prévia:
    • Antecedentes de cesariana com incisão uterina clássica ou em “T”
    • Antecedentes de miomectomia (excisão de miomas) a envolver toda a espessura do miométrio.
    • Antecedentes de deiscência uterina
    • Antecedentes de conização (excisão cirúrgica do colo do útero)
  • Mulheres com patologias que contraindicam a realização da manobra de Valsava/esforços expulsivos:
    • Determinadas doenças cardíacas e pulmonares maternas (por exemplo, hipertensão pulmonar)
    • Aneurisma cerebral ou malformações arteriovenosas
  • Má apresentação fetal:
    • Pélvica
    • Apresentações de face com mento posterior (o queixo fetal aponta para o sacro materno com a cabeça totalmente estendida para trás em direção à sínfise púbica materna)
    • Situação transversa
  • Anomalias da pelve óssea materna
  • Fetos com determinadas malformações congénitas ou patologias esqueléticas
  • Anomalias placentárias:
    • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity prévia: a placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity cobre (parcialmente ou totalmente) o orificio cervical interno.
    • Espectro do acretismo placentário: espectro de placentação anormal, no qual a placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity adere, de forma anormal e firme, à parede uterina
      • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity acreta: a placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity adere diretamente ao miométrio devido à ausência parcial ou total da decídua basal.
      • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity increta: as vilosidades placentárias invadem o miométrio.
      • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity percreta: as vilosidades placentárias penetram através do miométrio e podem invadir outras estruturas adjacentes.
Tipos de invasão placentária

Tipos de placentação anormal

Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0

Indicações intraparto

As duas principais indicações intraparto são a intolerância fetal ao trabalho de parto e o trabalho de parto estacionário.

Intolerância fetal ao trabalho de parto:

  • Definição: monitorização fetal não tranquilizadora (MFNT), apesar das medidas de ressusitação
  • Diagnóstico:
    • Traçado da frequência cardíaca fetal categoria 3
    • Traçado da frequência cardíaca fetal categoria 2 persistente
  • Causas para MFNT (embora, frequentemente, a causa não seja identificada):
    • Descolamento prematuro da placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity: separação prematura da placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity e consequente hemorragia
    • Rutura uterina
    • Infeção intra-amniótica (por exemplo, corioamniotite):
      • Infeção do líquido amniótico, membranas, placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity, cordão umbilical ou feto
      • Normalmente, causada por bactérias por via vaginal ascendente
    • Insuficiência uteroplacentária:
      • A placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity é incapaz de fornecer oxigénio e nutrientes suficientes ao feto
      • As etiologias comuns incluem doença vascular materna, anemia Anemia Anemia is a condition in which individuals have low Hb levels, which can arise from various causes. Anemia is accompanied by a reduced number of RBCs and may manifest with fatigue, shortness of breath, pallor, and weakness. Subtypes are classified by the size of RBCs, chronicity, and etiology. Anemia: Overview and Types materna grave, tabagismo ou uso de cocaína e malformações uterinas.
    • Prolapso do cordão umbilical:
      • Emergência obstétrica
      • Abordagem: a pessoa que diagnostica o prolapso do cordão, no exame, deve manter a mão na vagina Vagina The vagina is the female genital canal, extending from the vulva externally to the cervix uteri internally. The structures have sexual, reproductive, and urinary functions and a rich blood supply, mainly arising from the internal iliac artery. Vagina, Vulva, and Pelvic Floor: Anatomy, elevar a cabeça fetal até ao útero e manter esta posição até que ocorra o nascimento por cesariana.
    • Cordão umbilical com 2 vasos
    • Circular do cordão (cordão umbilical enrolado no pescoço do bebé)
    • Anomalias/síndromes congénitas fetais (por exemplo, trissomia 13 ou 18)
    • Morte materna: a cesariana realizada logo após a morte materna é conhecida como cesariana postmortem.

Trabalho de parto estacionário:

  • Paragem da dilatação:
    • Ausência de dilatação cervical durante um longo período de tempo
    • O diagnóstico é feito quando o colo do útero está dilatado ≥ 6 cm E não ocorreram:
      • Alterações cervicais por ≥ 4 horas, apesar das contrações adequadas OU
      • Alterações cervicais por ≥ 6 horas, independentemente das contrações serem, ou não, adequadas
  • Paragem da descida: ausência da descida fetal por ≥ 2 horas, na presença de esforços expulsivos

Outras indicações

  • Falha do parto vaginal instrumentado (por exemplo, tentativa de parto auxiliado por fórceps ou ventosa, que não foi bem sucedida)
  • Infeção por herpes genital ativa no início do trabalho de parto: alto risco de transmissão vertical para o feto, com potencial para encefalopatia grave e morte
  • Infeção por VIH mal controlada no início do trabalho de parto: alto risco de transmissão vertical
  • Suspeita de macrossomia fetal (feto grande)

Cesariana a pedido materno

A cesariana a pedido materno ( CDMR CDMR A Cesarean delivery performed at the request of the mother in order to avoid vaginal delivery, in the absence of any medical indication Cesarean Delivery, pela sigla em inglês) é controversa e consiste na cesariana realizada a pedido da grávida, de forma a evitar o parto vaginal, na ausência de qualquer indicação médica.

  • Dados limitados, sem ensaios clínicos randomizados → as recomendações são baseadas na opinião de especialistas
  • Os dados sugerem que não existem benefícios da CDMR CDMR A Cesarean delivery performed at the request of the mother in order to avoid vaginal delivery, in the absence of any medical indication Cesarean Delivery, para:
    • Mortalidade materna
    • Função sexual pós-parto
    • Dor arrastada após o parto
  • Normalmente, a CDMR CDMR A Cesarean delivery performed at the request of the mother in order to avoid vaginal delivery, in the absence of any medical indication Cesarean Delivery não é recomendada pelos profissionais e outras organizações de saúde, devido ao ↑ risco associado à cesariana, comparativamente com o parto vaginal (níveis de risco bem estabelecidos, com evidências de alta qualidade).
  • A CDMR CDMR A Cesarean delivery performed at the request of the mother in order to avoid vaginal delivery, in the absence of any medical indication Cesarean Delivery pode ser realizada por médicos com disposição para tal TAL Renal Sodium and Water Regulation, após o aconselhamento materno extenso.
  • A cesariana a pedido materno é considerada aceitável porque:
    • Apesar do ↑ risco da cesariana planeada relativamente ao parto vaginal, não existem garantias de que uma tentativa de trabalho de parto resultará no parto vaginal, e uma cesariana no intraparto apresenta maior risco do que quando planeada.
    • Respeito pela autonomia materna: as mães bem aconselhadas têm o direito de tomar decisões informadas relativamente aos seus cuidados de saúde.
    • A cirurgia exclusivamente eletiva é aceitável noutras circunstâncias (por exemplo, cirurgia estética).

Contraindicações para cesariana

  • A única contraindicação absoluta para cesariana é a recusa materna (mesmo nos casos de morte fetal iminente).
  • Contraindicação relativa: morte fetal intrauterina (morte in utero), sem outras indicações para cesariana

Procedimento

Anestesia

Para realizar uma cesariana com segurança é necessário o controlo adequado da dor. As opções incluem:

  • Raquianestesia:
    • Normalmente, a anestesia preferida para a cesariana
    • Injeção única de opioides no espaço subaracnoideu
    • Alívio da dor:
      • Dura 2–4 horas
      • Excelente alívio da dor ao nível de T10 e abaixo
  • Anestesia epidural:
    • Normalmente, utilizada nas grávidas em trabalho de parto, embora possa ser administrada, se necessário, como bólus antes da cesariana
    • Administração continua e lenta de opioides, via cateter, no espaço epidural
    • Alívio da dor:
      • Alívio contínuo da dor durante a administração
      • Excelente alívio da dor ao nível de T8 e abaixo
      • Podem existir alguns “pontos quentes” (áreas com baixo alívio da dor)
  • Anestesia geral:
    • Reservada para cesarianas de emergência caso o tempo permita, deve ser sempre tentada primeiro a raquianestesia (exceto se existirem contraindicações específicas para a mesma).
    • Aumenta o risco de:
      • Aspiração materna → pneumonite de aspiração
      • Hemorragia pós-parto (a anestesia geral causa atonia Atonia Flaccidity, no resistance to passive motion Neurological Examination uterina)
      • Depressão respiratória fetal ao nascimento (o recém-nascido nasce com a anestesia geral no organismo)
  • Anestesia local:
    • Utilizada apenas com o consentimento materno, quando é necessária uma verdadeira cesariana emergente e os anestesistas não estão disponíveis no imediato.
    • O cirurgião injeta lidocaína em cada camada do tecido.
    • A mãe sente que a dor permanece, sobretudo na cavidade abdominal, de forma exuberante, devido à anestesia incompleta
Local da injeção de opioides durante a raquianestesia

Local da injeção de opioides durante a raquianestesia

Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0

Incisão na pele

Os 2 tipos principais de incisões na pele são:

  • Incisão de Pfannenstiel:
    • Incisão preferida, exceto se for prevista a necessidade de aumentar o campo cirúrgico.
    • Incisão transversal feita aproximadamente 2–3 cm acima da sínfise púbica.
    • Vantagens: ↓ risco de deiscência; esteticamente preferida
    • Desvantagens: ↓ acesso à cavidade abdominal comparativamente com uma incisão mediana
  • Incisão vertical mediana:
    • Vantagens: entrada ligeiramente mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome rápida na cavidade abdominal (embora a maioria dos obstetras experientes consiga entrar na cavidade abdominal em < 30 segundos com a incisão de Pfannenstiel)
    • Desvantagens: maior taxa de deiscência
    • Realizada muito raramente

Camadas do tecido (por ordem)

  • Pele
  • Gordura subcutânea
  • Fáscia
  • Músculos retos abdominais (separados na linha média)
  • Peritoneu
  • Útero (Observação: a bexiga deve ser identificada e deslocada para fora do campo cirúrgico.)

Incisão uterina

Existem várias incisões uterinas que podem ser realizadas para o parto. O local onde a incisão é feita tem um impacto significativo nas gestações futuras. A incisão uterina designa-se por histerotomia.

  • Incisão transversal inferior:
    • Incisão uterina mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome comum
    • Realizada no segmento uterino inferior
    • Zona do útero que não é contrátil → menor probabilidade de rutura
    • Benefícios:
      • Menor perda de sangue
      • Encerramento mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome fácil
      • Menor risco de rutura uterina em futuras gestações (aproximadamente 1% com uma única incisão transversal inferior)
  • Incisão vertical inferior:
    • Incisão vertical no segmento uterino inferior
    • Indicações:
      • Suspeita de que será necessário espaço adicional para a extração fetal (por exemplo, más apresentações, como transversal de costas para baixo, macrossomia extrema)
      • Patologia no segmento uterino inferior (por exemplo, mioma de grandes dimensões)
      • Bexiga firmemente aderente
    • A principal desvantagem é o ↑ risco de extensão da incisão:
      • Para baixo, na bexiga, colo do útero ou vagina Vagina The vagina is the female genital canal, extending from the vulva externally to the cervix uteri internally. The structures have sexual, reproductive, and urinary functions and a rich blood supply, mainly arising from the internal iliac artery. Vagina, Vulva, and Pelvic Floor: Anatomy (lesão nestes órgãos)
      • Até ao fundo (incisão clássica não intencional)
  • Incisões clássicas:
    • Incisão vertical no fundo
    • A incisão é realizada na região forte e contrátil do útero → alto risco de rutura nas gestações subsequentes
    • Indicações:
      • As indicações são as mesmas que aquelas para a incisão vertical inferior, mas quando não é possível realizar a incisão no segmento uterino inferior.
      • Prematuridade extrema (antes do desenvolvimento do segmento uterino inferior)
      • Parto postmortem
  • Incisões em T e J:
    • Extensões verticais, para cima, a partir de uma incisão transversal inferior
    • As extensões em T são na linha média e as extensões em J são na borda lateral.
    • Realizadas quando já foi feita uma incisão transversal inferior, mas esta é insuficiente para o parto
    • Alto risco de rutura em futuras gestações.
Tipos de incisões uterinas

Tipos de incisões uterinas:
a: Incisão transversal inferior
b: Incisão vertical inferior
c: Incisão clássica
d: incisão em T

Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0

Parto e encerramento

  • Conteúdo removido do útero:
    • Feto (entregue ao pediatra presente)
    • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity e todas as membranas fetais
  • Encerramento da histerotomia:
    • O útero é encerrado em 1 ou 2 camadas.
    • O objetivo primário é garantir a hemostase.
      • Relembrar: no termo, o fluxo sanguíneo para o útero pode chegar a 750 mL/min.
      • A média da perda de sangue na cesariana é de cerca de 1000 mL, a grande maioria proveniente da hemorragia relacionada com a histerotomia (apesar disso, a necessidade de transfusões sanguíneas é rara).
  • O encerramento da fáscia é realizado com a sutura.
  • A gordura subcutânea pode, ou não, ser reaproximada, dependendo da espessura.
  • Normalmente, o encerramento da pele é realizado com suturas subcutâneas ou agrafos.

Complicações e Riscos

Complicações

As cesarianas planeadas e de rotina têm as taxas de complicações mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome baixas, enquanto as cesarianas emergentes têm as mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome elevadas. As complicações graves são:

  • Hemorragia pós-parto
  • Necessidade de transfusão sanguínea
  • Histerectomia emergente
  • Lesões nos órgãos pélvicos adjacentes, sobretudo na bexiga
  • Infeções
  • Tromboembolismo venoso (TEV)

Riscos da cesariana versus parto vaginal

Em geral, as cesarianas estão associadas a riscos mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome elevados do que os partos vaginais espontâneos. Exemplos dos riscos elevados são:

  • Mortalidade materna: 2,2 por 100.000 cesarianas vs. 0,2 por 100.000 partos vaginais espontâneos
  • Hemorragia pós-parto
  • Infeções pós-parto:
    • Infeções do sítio/ferida cirúrgica
    • Endometrite
  • TEV
  • Lesão da bexiga
  • Risco ↑ em futuras gestações:
    • Rutura uterina com o trabalho de parto
    • Acretismo placentário
    • Placenta Placenta A highly vascularized mammalian fetal-maternal organ and major site of transport of oxygen, nutrients, and fetal waste products. It includes a fetal portion (chorionic villi) derived from trophoblasts and a maternal portion (decidua) derived from the uterine endometrium. The placenta produces an array of steroid, protein and peptide hormones (placental hormones). Placenta, Umbilical Cord, and Amniotic Cavity prévia

Cuidados Pós-Parto

Cuidados de rotina após a cesariana

  • Amamentação:
    • Pode começar assim que a mãe conseguir segurar o recém-nascido com segurança, desde que esta esteja clinicamente estável → normalmente na sala de recobro, imediatamente após a cirurgia
    • Apenas devem ser dados medicamentos seguros para o aleitamento, às mães que amamentam.
  • Monitorizar os sinais vitais.
  • Débito urinário:
    • Deve ser monitorizado como um sinal precoce de hipovolemia
    • Devem ser removidos os cateteres urinários, assim que a mãe consiga deambular até à casa de banho ou à cómoda ao lado da cama (normalmente em algumas horas até 1 dia após o parto).
  • Incisões e curativos:
    • As incisões devem ser mantidas limpas e secas.
    • Normalmente, os curativos são removidos no primeiro dia pós-operatório, exceto se a mãe apresentar maior risco de deiscência.
  • Controlo da dor:
    • Como em qualquer cirurgia abdominal, é necessário o controlo adequado da dor pós-operatória.
    • As mães que estiveram em trabalho de parto também podem apresentar desconforto vaginal e/ou lacerações.
    • Normalmente, controlada com esquema de AINEs (por exemplo, ibuprofeno) e com um hipnótico, em S.O.S
  • A deambulação deve ser encorajada, para reduzir o risco de TEV.
  • Hemograma de controlo no dia 1 do pós-operatório: para excluir anemia Anemia Anemia is a condition in which individuals have low Hb levels, which can arise from various causes. Anemia is accompanied by a reduced number of RBCs and may manifest with fatigue, shortness of breath, pallor, and weakness. Subtypes are classified by the size of RBCs, chronicity, and etiology. Anemia: Overview and Types grave

Restrições gerais

Normalmente, as mães devem ser aconselhadas a:

  • Evitar relações sexuais e/ou qualquer coisa na vagina Vagina The vagina is the female genital canal, extending from the vulva externally to the cervix uteri internally. The structures have sexual, reproductive, and urinary functions and a rich blood supply, mainly arising from the internal iliac artery. Vagina, Vulva, and Pelvic Floor: Anatomy (ou seja, “repouso pélvico”) para terem tempo para recuperar.
  • Evitar levantar pesos (qualquer coisa que exija esforço, habitualmente cerca de 4,5 kg) até se sentirem confortáveis para fazê-lo (normalmente, cerca de 4 a 6 semanas).
  • Evitar conduzir até:
    • Deixar a toma de hipnóticos
    • Sentirem-se confortáveis para travar em caso de emergência
    • Normalmente, 2–3 semanas

Referências

  1. Saint Louis, H. (2018). Cesarean delivery. In Medscape. Retrieved July 16, 2021 from https://emedicine.medscape.com/article/263424-overview
  2. Sung, S. (2021). Cesarean section. In Statpearls. Retrieved July 16, 2021 from https://www.statpearls.com/articlelibrary/viewarticle/19265/
  3. Cunningham, F. G., Leveno, K. J., et al. (2010). Williams Obstetrics, 23rd ed., pp.544–555.
  4. Berghella, V. (2021). Cesarean delivery: surgical technique. In Barss, V.A. (Ed.), UpToDate. Retrieved July 16, 2021 from https://www.uptodate.com/contents/cesarean-delivery-surgical-technique
  5. Berghella, V. (2021). Cesarean delivery: preoperative planning and patient preparation. In Barss, V.A. (Ed.), UpToDate. Retrieved July 16, 2021 from https://www.uptodate.com/contents/cesarean-delivery-preoperative-planning-and-patient-preparation
  6. Berghella, V. (2021). Cesarean delivery: postoperative issues. In Barss, V.A. (Ed.), UpToDate. Retrieved July 16, 2021 from https://www.uptodate.com/contents/cesarean-delivery-postoperative-issues

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