Esófago: Anatomia

O esôfago é um órgão muscular em forma de tubo de cerca de 25 centímetros de comprimento que liga a faringe ao estômago. O órgão estende-se aproximadamente da 6ª vértebra cervical até a 11ª vértebra torácica e pode ser dividido, geralmente, em 3 partes: a parte cervical, a parte torácica e a parte abdominal. A parede do esôfago é composta por 4 camadas primárias: mucosa (revestida por epitélio escamoso), submucosa, uma camada muscular mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome espessa e uma camada externa de tecido conjuntivo. O esôfago também tem um esfíncter em cada extremidade, o que lhe permite ajudar a controlar a passagem de alimentos para o estômago.

Last updated: Dec 15, 2025

Editorial responsibility: Stanley Oiseth, Lindsay Jones, Evelin Maza

Desenvolvimento

Desenvolvimento embrionário do esófago:

  • Começa a formar-se na 4ª semana de desenvolvimento
  • Derivado do intestino anterior do tubo intestinal primitivo (uma invaginação do saco vitelino do embrião)
  • Tem componentes da endoderme e mesoderme:
    • Endoderme: forma o revestimento de todo o trato digestivo, incluindo o esófago
    • A mesoderme esplâncnica forma:
      • Componentes musculares do esófago
      • Tecido conjuntivo
Desenvolvimento embrionário do tubo intestinal

Desenvolvimento embrionário do tubo intestinal

Imagem por Lecturio. Licença: CC BY-NC-SA 4.0

Anatomia Geral

Características gerais e localização

  • Longo tubo muscular que conecta a faringe ao estômago
  • Estende-se da vértebra C6 a T11
  • Tamanho:
    • Comprimento: aproximadamente 25 cm
    • Diâmetro: aproximadamente 2 cm quando relaxado
  • Secções do esófago:
    • Cervical: percorre o pescoço, atrás da traqueia
    • Torácica: localizada no mediastino, entre o coração e as vértebras
    • Abdominal: localizada abaixo do diafragma, dentro da cavidade abdominal
Localização do esôfago

Localização do esófago

Imagem por Lecturio.

Parte cervical ( pars cervicalis Pars cervicalis Esophagus: Anatomy)

  • Localizada dentro do pescoço, em conexão direta com a faringe
  • Comprimento: aproximadamente 5 cm
  • Borda superior da parte cervical: borda inferior da cartilagem cricoide (em C6)
    • Conhecida como junção faringoesofágica
    • Esfíncter esofágico superior (EES):
      • Composto por vários músculos, sendo o mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome importante o músculo cricofaríngeo
      • Circunda a junção faringoesofágica
      • Ajuda a controlar a passagem de alimentos da faringe para o esófago
  • Borda inferior da parte cervical: a entrada torácica e a incisura esternal (em T1)
  • Relações anatómicas:
    • Anterior: traqueia
    • Anterolateral: tiroide
    • Lateral: bainha carotídea
    • Posterior: vértebras

Parte torácica (pars torácica)

  • Localizada no tórax entre a traqueia e a aorta Aorta The main trunk of the systemic arteries. Mediastinum and Great Vessels: Anatomy
  • Comprimento: 17-19 centímetros
  • Borda superior: a entrada torácica e a incisura esternal (em T1)
  • Borda inferior:
    • Diafragma
    • Passa para a cavidade abdominal superior através do hiato esofágico (um orifício no diafragma também denominado buraco esofágico) no nível de T10
  • Relações anatómicas:
    • Estruturas anteriores ao esófago torácico:
    • Estruturas posteriores ao esófago:
      • Aorta Aorta The main trunk of the systemic arteries. Mediastinum and Great Vessels: Anatomy descendente
      • Vértebra torácica
      • Ducto torácico (à esquerda do esófago)
      • Veias ázigos e hemiázigos
      • Nervo vagal posterior

Parte abdominal ( pars abdominalis Pars abdominalis Esophagus: Anatomy)

  • Localizada dentro da cavidade abdominal entre o diafragma e o estômago
  • Comprimento: 1-3 cm
  • Curva acentuada para a esquerda para unir à porção cardíaca do estômago
  • Borda superior:
    • O hiato esofágico do diafragma (em T10)
    • Membrana frenoesofágica: ancora o esófago ao diafragma
  • Borda inferior: o orifício cardíaco do estômago (em T11)
    • Conhecida como a junção gastroesofágica (GE)
    • Esfíncter esofágico inferior:
      • Circunda a junção GE
      • A camada muscular circular atua como um esfíncter funcional (fisiológico)
      • Permite a entrada de alimentos no estômago
      • Previne o refluxo do conteúdo do estômago para o esófago
  • Relações anatómicas:
    • Anterior: fígado
    • Posterior: aorta Aorta The main trunk of the systemic arteries. Mediastinum and Great Vessels: Anatomy descendente
    • Borda direita: contínua com a curvatura menor do estômago
    • Borda esquerda: separada do fundo do estômago pela incisura cardíaca
  • Relação com o peritoneu:

Constrições

As constrições são estreitamentos normais no tubo do esófago.

  • Constrição faringoesofágica:
  • Constrição aortobrônquica: causada pela proximidade do arco aórtico e do brônquio principal esquerdo (aproximadamente T4 T4 The major hormone derived from the thyroid gland. Thyroxine is synthesized via the iodination of tyrosines (monoiodotyrosine) and the coupling of iodotyrosines (diiodotyrosine) in the thyroglobulin. Thyroxine is released from thyroglobulin by proteolysis and secreted into the blood. Thyroxine is peripherally deiodinated to form triiodothyronine which exerts a broad spectrum of stimulatory effects on cell metabolism. Thyroid Hormones)
  • Constrição diafragmática: causada pela passagem do esófago através do hiato esofágico do diafragma

Anatomia Microscópica

Visão geral da anatomia da parede esofágica

A parede esofágica consiste em 4 camadas primárias:

  1. Mucosa
  2. Submucosa
  3. Muscular própria
  4. Adventícia/serosa
Camadas da parede esofágica

Camadas da parede esofágica

Imagem por Lecturio.

Camada mucosa

Consiste em 3 subcamadas:

  1. Epitélio escamoso estratificado não queratinizado:
    • Reveste o lúmen
    • Capaz de resistir às forças abrasivas do conteúdo alimentar e do ácido estomacal regurgitado
    • Linha Z (também conhecida como junção escamocolunar): transição do epitélio escamoso para colunar quando o esófago entra no estômago
  2. Lâmina própria, uma camada de tecido conjuntivo que contém:
    • Neurovasculatura
    • Tecido linfático
  3. Muscular mucosa
    • Camada muscular fina
    • Contrai independentemente da muscular externa

Camada submucosa

Localizada entre as camadas mucosa e muscular, a camada submucosa é uma camada de tecido conjuntivo que contém:

  • Vasos sanguíneos maiores
  • Plexo nervoso submucoso (Meissner) (gânglios do SNA): controla a muscular mucosa (independente da muscular própria)
  • Glândulas esofágicas:
    • Glândulas Tubuloacinares
    • Produzem muco lubrificante
  • Dobras longitudinais:
    • Dobras espessas ao longo do comprimento do esófago
    • Permitem a distensão do esófago durante a deglutição

Muscular própria

  • Também denominada muscular externa
  • Responsável pelas ondas peristálticas que movem o alimento em direção ao estômago
  • Composta por 2 camadas:
    • Fibras musculares circulares internas
    • Fibras musculares longitudinais externas
  • Consiste em músculos estriados e lisos
    • Parte craniana (⅓ proximal): músculo estriado (sob controlo somático)
    • Intermediário: misto
    • Parte distal (⅓ distal): músculo liso (sob controlo autónomo)
  • Contém o plexo nervoso mioentérico (Auerbach)
    • Gânglios do SNA que controlam a muscular externa/estimulam o peristaltismo
    • Localizado entre as 2 camadas de músculo liso

Camada adventícia/serosa

  • Tecido conjuntivo em redor do esófago
  • Adventícia ( mais MAIS Androgen Insensitivity Syndrome fibrosa) acima do diafragma
  • Serosa abaixo do diafragma
  • Contém:
    • Grandes vasos
    • Vasos linfáticos
    • Fascículos nervosos:
      • Nervo vago
      • Plexo simpático esofágico
Imagem em corte transversal de baixa ampliação do esôfago (coloração H&E)

Imagem de baixa ampliação, em corte transversal, do esófago (coloração H&E)

Imagem de Geoffrey Meyer, PhD

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Neurovasculatura

Suprimento arterial

  • Parte cervical: artéria tiroideia inferior
  • Parte torácica:
  • Parte abdominal:
    • Ramo esofágico da artéria gástrica esquerda
    • Artéria frénica esquerda
Imagem exibindo algumas das artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo do esôfago

Imagem a exibir algumas das artérias responsáveis pelo suprimento sanguíneo do esófago

Imagem: “Thoracic Abdominal Arteries” por OpenStax College. Licença: CC BY 3.0

Drenagem venosa

  • Parte cervical: veia tiroideia inferior
  • Parte torácica: no final drena para a veia cava inferior (VCI)
    • Veias ázigos
    • Veias hemiázigos
    • Veias intercostais
    • Veias brônquicas
  • Parte abdominal: no final drena para a veia porta através da veia gástrica esquerda
  • Relevância clínica:
    • As veias que circundam o esófago formam uma importante anastomose entre o sistema porta e as veias sistémicas.
    • O ↑ da pressão no sistema porta pode levar a varizes esofágicas, que podem causar hemorragia GI superior profusa se ocorrer rutura

Drenagem linfática

  • Drenado por 2 plexos primários: redes densas de vasos longitudinais contínuos com os vasos linfáticos da faringe (acima) e da mucosa gástrica (abaixo)
    • Plexo mucoso
    • Plexo submucoso
  • Parte cervical: drena para gânglios cervicais profundos
  • Parte torácica: drena para gânglios mediastinais posteriores
  • Parte abdominal: drena para os gânglios gástricos e celíacos esquerdos
  • Ocorre também drenagem direta para o ducto torácico.

Inervação

  • Músculos estriados no ⅓ superior: nervo laríngeo recorrente (ramo do vago)
  • Músculos lisos: controle autonómico através dos sistemas parassimpático e simpático
  • Inervação simpática:
    • Inibitória:
      • Causa relaxamento da parede muscular
      • Contração tónica dos esfíncteres esofágicos
    • Via fibras pós-ganglionares dos gânglios estrelados e torácicos
    • Inclui fibras aferentes de dor visceral
  • Inervação parassimpática:
    • Estimulante:
      • Ondas de contração da parede muscular/peristaltismo
      • ↑ Secreções glandulares
      • Relaxamento dos esfíncteres para permitir a passagem do alimento
    • Via ramos do nervo vago
    • Sinapse com gânglios nos plexos de Meissner e Auerbach
    • Inclui fibras aferentes que podem detetar pressão

Função

A função primária do esófago é transportar o alimento parcialmente digerido da faringe para o estômago:

  • As contrações do músculo esofágico em forma de onda, denominadas peristaltismo, movem o alimento para o estômago.
  • Produção de muco pelas glândulas esofágicas → lubrificam o bolo alimentar e auxiliam no seu transporte
  • Contração tónica dos esfíncteres → relaxam quando o alimento é deglutido para permitir a passagem para baixo

Relevância Clínica

  • Atrésia esofágica: anomalia congénita na qual o esófago não se desenvolve completamente, criando uma bolsa cega que impede que o conteúdo deglutido passe para o estômago. A atrésia esofágica pode causar polidrâmnios in utero (porque o feto é incapaz de deglutir normalmente o líquido amniótico) e apresenta-se ao nascimento com regurgitação de todo o conteúdo deglutido. A condição é diagnosticada pela incapacidade de passar uma sonda NG até ao estômago; o tubo será encontrado enrolando na bolsa cega na radiografia de tórax. O tratamento é cirúrgico.
  • Fístula traqueoesofágica (FTE): comunicação anormal entre a traqueia e o esófago. As fístulas traqueoesofágicas estão, geralmente, associadas a outras anomalias, especialmente a atrésia esofágica, anomalias da associação VACTERL e síndrome CHARGE. A apresentação dependerá da anomalia exata, mas os sintomas podem incluir incapacidade em se alimentar, vómito/regurgitação, secreções excessivas, distensão gástrica pelo ar AR Aortic regurgitation (AR) is a cardiac condition characterized by the backflow of blood from the aorta to the left ventricle during diastole. Aortic regurgitation is associated with an abnormal aortic valve and/or aortic root stemming from multiple causes, commonly rheumatic heart disease as well as congenital and degenerative valvular disorders. Aortic Regurgitation inspirado e pneumonia Pneumonia Pneumonia or pulmonary inflammation is an acute or chronic inflammation of lung tissue. Causes include infection with bacteria, viruses, or fungi. In more rare cases, pneumonia can also be caused through toxic triggers through inhalation of toxic substances, immunological processes, or in the course of radiotherapy. Pneumonia por aspiração. O tratamento é cirúrgico.
  • Hérnia de hiato: protrusão do esófago abdominal e/ou estômago através do hiato esofágico. As hérnias hiatais podem ser decorrentes de um defeito congénito no diafragma, trauma ou doença iatrogénica após a disseção cirúrgica do hiato durante certos procedimentos (e.g., procedimentos antirrefluxo). A maioria das hérnias hiatais é assintomática, mas hérnias maiores podem causar pirose, regurgitação ou disfagia.
  • Divertículos esofágicos: protuberâncias da parede esofágica que formam pequenos sacos. As bolsas podem ser classificadas de acordo com a sua localização: faringoesofágica (divertículo de Zenker), mesoesofágica ou epifrénica. Os sintomas incluem disfagia, regurgitação e halitose (mau hálito).
  • Acalásia: distúrbio primário da motilidade esofágica que se desenvolve a partir da degeneração do plexo mioentérico, resultando na alteração do relaxamento do esfíncter esofágico inferior e ausência de peristaltismo esofágico normal. Os doentes, geralmente, apresentam disfagia para sólidos e líquidos, associada a regurgitação. O diagnóstico é estabelecido pela manometria esofágica.
  • Esofagite: inflamação ou irritação do esófago. A esofagite pode ser causada por fármacos, infeções, refluxo ácido, eosinofilia ou ingestão de substâncias corrosivas. Os doentes apresentam-se tipicamente com odinofagia, disfagia e dor torácica retroesternal. O diagnóstico é realizado por endoscopia com biópsia. O tratamento da esofagite depende da etiologia subjacente.
  • Síndrome de Mallory-Weiss: condição caracterizada por uma rutura longitudinal na mucosa do esófago, geralmente localizada na junção GE. A condição é, geralmente, causada por vómitos forçados e é frequentemente associada ao alcoolismo. As lesões de Mallory-Weiss podem levar a hemorragia do trato GI superior, e os doentes geralmente apresentam dor epigástrica e/ou hematemeses. O diagnóstico e o tratamento são realizados por endoscopia esofágica.
  • Varizes esofágicas: dilatação das veias esofágicas que se formam devido ao aumento da pressão no sistema venoso portal. As varizes esofágicas são observadas em aproximadamente ½ dos indivíduos com cirrose. O risco de rutura de varizes é alto (ocorre em aproximadamente ⅓ dos doentes com varizes) e pode resultar em hemorragia significativa com risco de vida. O tratamento inclui opções cirúrgicas (e.g., laqueação das varizes, colocação de um shunt) e opções médicas para reduzir a hipertensão portal (e.g., betabloqueadores).
  • Esófago de Barrett: condição pré-neoplásica na qual o epitélio escamoso normal do esófago é substituído por epitélio colunar devido à esofagite de refluxo de longa duração. O esófago de Barrett está associado a um risco aumentado de adenocarcinoma esofágico. O diagnóstico é realizado por endoscopia, que revela deslocamento proximal da junção escamocolunar (linha Z) para longe da junção GE. O tratamento é principalmente com inibidores da bomba de protões (IBPs) e modificações no estilo de vida.
  • Cancro do esófago: os 2 principais tipos de neoplasias primárias do esófago são o carcinoma de células escamosas ((CEC) que afeta tipicamente o esófago superior) e o adenocarcinoma (que afeta tipicamente o esófago inferior). Os fatores de risco incluem tabagismo, obesidade, esófago de Barrett, consumo de álcool e certos fatores dietéticos. A neoplasia em estágio inicial é geralmente assintomática, com a disfagia e a perda de peso a manifestarem-se à medida que a doença progride. O diagnóstico é realizado por biópsia endoscópica ou biópsia do local metastático guiada por imagem.

Referências

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  2. Mazziotti, M. (2021). Congenital anomalies of esophagus. Medscape. Retrieved Sep 3, 2021, from https://emedicine.medscape.com/article/934420-overview 
  3. Chaudhry, S. (2021). Anatomy, thorax, esophagus. StatPearls. Retrieved Sep 3, 2021, from https://www.statpearls.com/articlelibrary/viewarticle/33963/ 
  4. Saladin, KS, & Miller, L. (Eds.) (2004). The digestive system. In Anatomy and Physiology. (3rd ed., pp. 948–949). 
  5. DeNardi, FG, & Riddell, RH. (1991). The normal esophagus. Am J Surg Pathol, 15(3): 296–309. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1996732/
  6. Nikaki, K, Sawada, A, Ustaoglu, A, & Sifrim, D. (2019). Neuronal control of esophageal peristalsis and its role in esophageal disease. Curr Gastroenterol Rep. 2019, 21(11):59. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31760496/
  7. Sasegbon, A, Hamdy, S. (2017). The anatomy and physiology of normal and abnormal swallowing in oropharyngeal dysphagia. Neurogastroenterol Motil, 29(11). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28547793/

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